#FICHAMENTO 5 Perdidos na Cauda Longa

Existe aquele filme, aquela música, aquele livro que só você conhece, eles podem até lembrar o filme, música e livro que estão em evidência, mas é tão desconhecido, não é todo mundo que fala sobre eles. Onde estão? Quem são o público? Talvez um achado em uma loja, a coisa mais inusitada, de fato. A verdade é que os produtos tendem ao infinito. Todo dia são feitos mais filmes, mais músicas e mais livros, mas nem todo mundo fala de todos eles, há os escolhidos, os que estão em todas as prateleiras, um ambiente limitado para todas as produções existentes. Os demais ficam à margem, ou para Chris Anderson, na cauda longa.

Chris Anderson, defendeu em seu artigo – A Cauda Longa –  a estratégia econômica de agradar os consumidores a partir de nichos. Por que vender apenas os hits, se pode vender tudo?

Empresas como Amazon, Apple e Netflix são as principais referências.

As empresas analisadas por Anderson tem em algo em comum: a distribuição dos produtos é online, não há limites em sua loja física para os produtos que habitam a cauda, o que muito difere das lojas físicas, que avaliam como aproveitar melhor o espaço que possuem.

“No entanto, quase todos queremos mais do que apenas hits. As preferências de todas as pessoas em certos pontos se afastam da tendência dominante. Quanto mais exploramos as alternativas, mais somos atraídos pelas variantes”

Mercado de Massa x Mercado de Nicho

Para Chris Anderson, os serviços segmentados são tão atrativos, economicamente,  quanto os de massa.

Um espaço mais democrático, onde os habitantes da cauda  tem os mesmos direitos dos famosos hits. A cauda longa está relacionada a dados, ou melhor, a distribuição dos dados.

Pela primeira vez na história, os hits e os nichos estão em igualdade de condições econômicas, ambos não passam de arquivos em bancos de dados, ambos com iguais custos de carregamento e a mesma rentabilidade.

Diferentemente de Andrew Kaen, autor do culto do amador, que acredita que a democratização da web 2.0 prejudica os segmentos culturais, Chris Anderson tem uma visão mais positiva a cerca da Cauda Longa, acreditando, de fato, que a democratização permite uma “valorização” dos conteúdos do que uma precarização.

Durante muito tempo, padecemos sob a tirania do mínimo divisor comum, sujeitos à estupidez dos sucessos de verão e dos produtos industrializados populares. Por quê? Economia. Muitos de nossos pressupostos sobre as tendências dominantes são, na verdade, consequências da incompatibilidade entre oferta e demanda — resposta do mercado a ineficiências na distribuição.

Amadores

Hoje, milhões de pessoas lançam publicações diárias para um público que, no conjunto, é maior que o de qualquer veículo da grande mídia.

Quando as ferramentas de trabalho estão ao alcance de todos, todos se transformam em produtores.

 A plataforma online permite um espaço para todas as produções. Esses espaço é para todos, a democracia permitida pela web 2.0, todos podemos criar produtos. A democratização dos meios permite o ‘amadorismo’, ou seja, todos nós somos produtores.

Hoje, milhões de pessoas lançam publicações diárias para um público que, no conjunto, é maior que o de qualquer veículo da grande mídia.

Os blogs são consequência da democratização das ferramentas: o advento de softwares e de serviços simples e baratos que facilitam a tal ponto a editoração online que ela se torna acessível a todos.

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