#FICHAMENTO1: Nossa sociedade em redes sociais

Em seu artigo, Raquel Recuero debate sobre algo tão comum em nossas vidas: as redes sociais. Ela busca analisar a estrutura desses meios, focando, principalmente, nas relações humanas na internet. Para ela, as redes sociais são assinaturas de identidade social. O indivíduo através delas mapeia preferências e características nelas.

Para explicar melhor essa relação, a autora divide as redes sociais em dois objetos de estudo: as redes sociais inteiras e as redes sociais personalizadas. A primeira será focada na relação estrutural da rede com o grupo, enquanto a segunda se trata do papel do indivíduo, das posições que ele tem dentro dessas redes.

Análise estrutural das redes sociais procura focar na interação como primado fundamental do estabelecimento das relações sociais entre os agentes humanos, que originarão as redes sociais, tanto no mundo concreto, quanto no mundo virtual. Isso porque em uma rede social, as pessoas são os nós e as arestas são constituídas pelos laços sociais gerados através da interação social

Em sua análise, Recuero demonstra a conexão das pessoas em uma festa, por exemplo, bastaria uma conexão entre cada um dos convidados para que,  no fim, estivessem todos conectados ao fim. O famoso amigos em comum, de alguma forma, pelas redes, todos têm ao menos uma relação em comum.

Uma festa, portanto, poderia ser um conjunto de clusters (grupos de pessoas) que de tempos em tempos estabeleciam relações com outros grupos (rede).

Para demonstrar as possibilidades das relações em comum, foi realizado um experimento: uma quantidade de cartas foi enviada para diversos indivíduos, aleatoriamente, para que eles encontrassem um outro destinatário específico, se não conhecessem a pessoa, deviam enviar para alguém que elas acreditavam estar mais perto de encontrar. As cartas foram enviadas a todos os seus destinatários finais .Essas conexões mostram a existência de poucos graus de separação entre as pessoas no planeta.

A maioria havia passado apenas por um pequeno número de pessoas.

Barabási e Albert mostram que quanto mais amigos em comum em uma rede social, maior a possibilidade de participarmos do mesmo meio social. Há uma certa ordem nas redes sociais.

Contudo para a autora do artigo, esse modelo tem um grau de conectividade muito baixo, devido a pouco de nós estarmos altamente conectados. Apenas estar conectado não demonstra uma verdadeira relação.

Se não existe interação social como pressuposto para o estabelecimento dessas conexões no sistema, será que ele pode ser considerado uma rede social? As conexões no Orkut representam conexões sociais?

 Hubs: outro conceito dado em seu artigo são os hubs sociais. Não é uma conexão clara entre os indivíduos, são ambientes, em que esses podem se encontrar devido um interesse em comum. Como os blogs. Não são redes sociais, mas funcionam como um lugar de conexão.

Um weblog poderia ser considerado um hub social na medida em que muitas pessoas relacionam se com o blogueiro através dos comentários. Do mesmo modo, um fotolog pode ser um hub na medida em que possui muitas conexões sociais entre as pessoas que ali interagem

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